“Dupla delícia! O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado”. Mário Quintana

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Dica de leitura: "Feliz ano velho"

Feliz Ano Velho
de Marcelo Rubens Paiva


Feliz Ano Velho é um fenômeno editorial. Publicado pela primeira vez em dezembro de 1982, desperta interesse em leitores exigentes e eventuais. Explicar esse fenômeno é puro exercício de ficção.
Talvez sua linguagem coloquial sintética e inovadora, num estilo precursor que até hoje influencia novos escritores, seja um elemento da fórmula bem sucedida.
Ou quem sabe a trama, o carisma do narrador, ou os personagens bem construídos.
Marcelo, o narrador, é um jovem à procura de um ideal: superar com humor e verdade alguns traumas da sua vida - como o desaparecimento político do pai, o deputado socialista por São Paulo, Rubens Beyrodt Paiva, em janeiro de 1971 -, e o acidente que o deixou deficiente aos 20 anos de idade em dezembro de 1980.
Marcelo conta sua história com maestria, revelando sentimentos que o ligam à sua geração. A sinceridade sem limites do autor e a forma como destrincha alguns temas da época tocam com sutileza em alguns tabus, entre eles o erotiosmo.
O livro foi traduzido para diversos idiomas e esteve quatro anos em primeiro lugar na lista dos mais vendidos, garantindo ao escritor e jornalista Marcelo Rubens Paiva, reconhecimento e os mais importantes prêmios literários brasileiros - como Jabuti e Moinho Santista - colocando-o  no hall dos escritores contemporâneos de maior prestígio.
Adotado em muitas escolas e faculdades, dentro e fora do Brasil, foi adaptado pelo cinema pelo diretor Roberto Gervitz com a produção da Tatu Filmes e, para o teatro por Alcides Nogueira, com a direção de Paulo Betti.
Feliz Ano Velho não é só um ato de amor à literatura, é também o gosto e a coragem de viver.

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